Quanto vale e para que serve?


Proposta de oficina realizada - Juiz de Fora Telecentros .BR

Nome da dinâmica:
Quanto vale e para que serve?

Descrição:
A oficina irá demonstrar aos participantes os benefícios de utilização dos sistema operacionais Linux e sua função social na atualidade, principalmente na questão ambiental pois permite utilizar máquinas velhas e em desuso de forma produtiva, divertida e criativa.

Através de exercícios simples proporciona o desenvolvimento do conhecimento através de atividades empíricas e proporciona auto-confiança para que os participantes possam utilizar os conhecimentos em seu dia-dia.

Princípios:
Contrução de vivência, experimentação e interação com a tecnologia.

Oficineiros:
Augusto Schwartz
Filipe de Paula

Instituição:
Ong Moradia e Cidadania

Módulos:
- Apresentação e montagem das peças que compõem o computador
- Aprofundamento sobre o Linux
- Configurações simples
- Interação com efeitos especiais do compiz
- Músicas no formato mp3 acesso via terminal

Carga horária:
02 horas

Público:
Usuários dos Telecentros e visitantes do espaço

Objetivo:
Valorização dos objetos que se tornaram obsoletos por motivo de moda e mercado.
Propiciar aprendizagem orientada de forma integrada e que possa contribuir para o desenvolvimento de cidadãos mais críticos perante a atualidade.

Objetivos educacionais:
Conceituar Software Livre e Sistema Operacional Linux
Apresentar principais softwares do sistema operacioanl Linux
Apresentar alternativas para utilização de computadores em desuso

Habilidades e competências:
Desenvolver uma imagem positiva de si.
Descobrir e conhecer progressivamente os mecanismos tecnológicos.
Estabelecer vínculos afetivos e de troca com seus pares.
Conhecer manifestações culturais demonstrando atitudes de interesse.

Materiais:
- 02 Computadores de mesa completos
- 01 Notebook
- 02 Pontos elétricos (110V)
- 01 Ponto de internet (terminal RJ45)
- 01 Modem 3G (alternativa para acesso à internet)
- 01 Kit de ferramentas
- 02 Mesas
- 17 Cadeiras
- Água para consumo

Nº Participantes:
Até 15 pessoas

Desenvolvimento:
- Formação de Círculo (Roda)
- Apresentação de todos
- Dinâmica:
O oficineiro inicia as atividades com uma nota de R$ 50,00 (simulacro) e pergunta:
Quem de vocês quer esta nota? (observa a reação)
Joga no chão, deixa que se suje e pergunta novamente:
Ainda querem a nota? (observa a reação)
Amassa a nota e pergunta novamente:
Ainda querem a nota? (observa a reação)
O oficineiro explica - Não importa o que ocorra com a nota, ela não perderá o valor. Esta situação também ocorre conosco e com outras coisas. Muitas vezes somos amassados, pisoteados, nos sujamos, nos apresentamos meio amarrotados e nos sentimos sem importância. Mas isso não importa, pois assim como a nota, não perdemos nosso valor. Se somos magros, gordos, baixos, altos, nada disso é realmente importante.
Porque nada disso pode alterar nosso valor, o preço de nossas vidas não é pelo que aparentamos ser e sim pelo que fizemos e sabemos.

Agora reflita e procure em sua memória:
Qual o nome dos 03 homens mais ricos do mundo?
Qual o nome das 03 campeãs do Miss Universo?
Qual o nome do último ganhador do Prêmio Nobel? Oscar? Olimpíadas, etc..

Aplausos vão se embora. (enfática)

Agora responda:
Qual o nome de 02 professores que mais contribuíram para sua educação?
03 Amigos que te ajudaram em momentos difíceis?
02 Pessoas que te fizeram se sentir especial, etc..

As pessoas que marcam nossas vidas não são as que possuem melhores credenciais, mais dinheiro ou melhores prêmios.

São aquelas que se preocupam conosco, que cuidam de nós, que estão de alguma forma do nosso lado.

- Assuntos geradores:
Quem não gosta mais do tênis velho, da cadeira que já está mais gasta, etc.. (voz dos participantes)

- Catarse:
Quem tem computador - Em quais condições se encontra (quem tem) - Com que frequência utilizam - Onde (quem não tem) - Sabe como funciona - Já viu por dentro - Tem vontade de aprender a trabalhar com computador, etc.

- Demonstração das peças:
O oficineiro apresentará as peças do computador nomeando-as uma a uma, as peças vão passar de mão em mão para que todos observem seus detalhes.

Perguntas serão respondidas e caso não ocorra serão provocadas.

À medida que as peças forem apresentadas os participantes ficarão encarregados de segura-las. Até o fim da apresentação das peças um computador será montado em e por várias mãos.

Será utilizado o sistema operacional Ubuntu ou uma variante deste para demonstração.
Será utilizado recursos do compiz e abertura de áudio por intermédio do terminal com utilização do mplayer.

Caso ocorra mais interesse outros esclarecimentos ocorrerão.

Haverá oferta de CD gratuito com a distribuição utilizada para realização da oficina e orientação para os sites onde haja possibilidade de fazer o download.
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Relatório Oficina Meta Reciclagem e Redes - Programa Telecentros .BR

Dia: 19 de maio de 2012
Local: Juiz de Fora
Início: 16:00 horas  |  Término: 17:30 horas
Responsáveis: Augusto Schwartz e Filipe de Paula

Iniciamos a montagem do ambiente da oficina antes do horário informado no cabeçalho deste relatório. Para o início das atividades foi montado um cenário.

Iniciamos nosso trabalho saudando os participantes com apresentação individual onde cada um teve espaço de tempo e liberdade para falar sobre suas particularidades. Fui o primeiro a me apresentar e iniciei pelo meu nome seguido da instituição que trabalho e o que gosto de fazer, falei um pouco sobre o programa Telecentros .BR e solicitei que após a apresentação cada um pegasse uma ficha de papel que se encontrava em uma caixa grande.

No total haviam na caixa 15 fichas com a seguinte distribuição:
01 ficha com a palavra borboleta, 01 ficha com a palavra minhoca, 01 ficha com a palavra passarinho e 13 fichas com a palavra cavalo.

O objetivo era trabalhar conceitos de rede e interação em grupo, valorizar a importância das informações que passam pela rede e evidenciar o papel de cada um para transmissão desta informação.

Todos se apresentaram e retiraram uma ficha da caixa depois deixaram a ficha em outro recipiente. A palavra escrita na ficha era para ser mantida em segredo.

Iniciamos nosso trabalho com a distribuição das cadeiras em formato de “nave”.

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==EQUIPAMENTOS=E=OFICINEIROS=
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=============H==H=============
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Onde “H” é a representação da cadeira.

Refletimos sobre a disposição das cadeiras e se esta posição contribui para a formação de uma rede, onde é necessário que os pontos de conectem com facilidade, e ainda que as conexões possam ser feitas e refeitas constantemente pela atividade.

Foi sugerido que fizéssemos um círculo:
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=====HH=====
===H====H===
=H========H=
=H========H=
=H========H=
==H======H==
===H====H===
=====HH=====
Onde “H” é a representação da cadeira.

Refletimos sobre a nova disposição e se já era o bastante e qual a importância do trabalho em círculos. Sugerimos que a “rede” fosse constituída naquele momento então seguramos as mãos uns dos outros. Porém foi provocado que aquela ainda não era exatamente a melhor representação de nossa rede onde alguns necessitavam estabelecer ligação com outros que estavam do outro lado do círculo.

Sugerimos a seguinte disposição:
Refletimos à respeito da nova disposição e como ela se tornou mais flexível e permitia a troca entre todos de forma mais natural.
Os nós da rede poderiam ser alterados à qualquer momento.
A rede se tornou flúida e adquiriu movimento.

Depois destas considerações desfazemos a rede e nos organizamos em círculo novamente onde mais uma vez voltamos a falar sobre redes, a importância delas em nossas vidas particulares e como nossa ótica não está recortada para sua visualização. Os condicionamentos diversos aos quais somos submetidos e fizemos um “juramento” para prestar mais atenção nestas redes, desenvolvê-las, estimulá-las.

Para a catarse nos organizamos em uma roda, apoiando uns nos ombros dos outros, o oficineiro disse para os participantes que deveriam se lembrar do nome no papel. Foi pronunciado o primeiro nome borboleta, o participante se apoiou nos ombros dos colegas de forma que não tocasse o chão com os pés, o segundo nome foi dito minhoca, o segundo também se posicionou, o terceiro nome foi pronunciado passarinho, a rede já começou a se desestabilizar quando foi pronunciado a palavra cavalo todos se sentaram, afinal não tinha onde se apoiar.
O desenvolvimento acontece com os integrantes que possuem os nomes: borboleta, minhoca e passarinho se apoiando nos demais e ao final todos caem evidenciando a importância da rede.

Para finalizar este momento nomeamos nossa rede: Plugados foi a sugestão de um dos participantes. Então fizemos como os nativos das florestas brasileiras, entrelaçamos nossos braços e dedos, nos aproximamos o máximo uns dos outros e começamos um giro bem suave, em compasso com o grito: pronunciamos PLUGADOS... PLUGADOS... PLUGADOS... Por fim batemos palmas descontraidamente e sorridentes assentamos em círculo para a atividade com os equipamentos eletrônicos.

Para iniciar o trabalho com os eletrônicos expomos as peças que compõem o computador em uma mesa e lá deixamos em funcionamento até este momento da oficina. Contestamos o que estava à ocorrer e pedimos que os participantes verificassem se o computador estava funcionando realmente.

Desligamos todas as peças e pedimos para cada participante escolher uma peça, monitor, teclado, etc..

Após a escolha conectamos uma a uma as peças pronunciando qualidades humanas e organizacionais que possuem nexo com as peças.

O teclado: é aquele que possui as palavras, que organiza as idéias.
O monitor: é aquele que possui uma visão empreendedora, que comunica à todos a situação.
O mouse: é aquele que sabe apontar as qualidades e selecionar ocasiões para potencializar o organismo.
A placa mãe: é aquele que faz a gestão das conexões e que sabe controlar o ritmo dos demais pontos, não deixa a rede sobrecarregar.
O drive de CDROM: é aquele que trás informações novas para agregar à rede, ele sabe que de tempos em tempos é preciso renovar.
A memória RAM: é aquele que recebe as diligências e as distribui de forma coerente, auxiliando a placa mãe, afinal todos nós precisamos de ajuda.
O HD: é aquele que guarda as coisas importantes que precisamos, ele administra as informações de forma a sempre deixá-las em locais seguros. Serve como um porto seguro, um ombro amigo.

À várias mãos o computador orgânico foi montado.

Toda rede necessita circulação de informações, de entradas e saídas. Para iniciar os processos de troca nesta rede o que é necessário? Neste momento a apreensão foi a primeira “coisa” à circular na rede, pois o que é necessário é ENERGIA!

Quando ligamos a fonte elétrica todos fitaram suas peças que começaram a funcionar. O medo do choque foi nosso principal companheiro, mesmo após muita insistência em negativa.

Neste momento já estavam mais articulados e envolvidos. Foi solicitado que abrissem o terminal para digitar alguns comandos:

cd /home/usuario/Download
mplayer -vo caca video.mp4

O vídeo aberto foi escolhido levando em consideração sua contemporaneidade e conhecimento por todos.

Os participantes exploraram outras funções e programas.

Finalizamos com uma reflexão sobre as redes particulares, a rede familiar que na maioria das vezes não possui fluxo de informações, não tem uma atividade que possa ser comparada com as redes que formamos ao longo de nossas vidas. Trabalhamos aqui então os conceitos de que para fazer bem o bem temos que estar bem também em nossa intimidade.
Que nós temos um imenso valor e que em nossas redes particulares há também os monitores, os mouses, etc.. Mas nem sempre trabalham da forma mais adequada. Por isso há a necessidade de reciclar, de agregar valor e de conferir nossas relações assim como os equipamentos de informática que trabalhamos.


Augusto Schwartz
Ong Moradia e Cidadania MG - 2012

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